Avaliação das páginas web para fins didácticosLocalizar informação na Internet é extremamente fácil e rápido, mas requer algum cuidado, já que nem tudo o que encontramos é fiável, correcto e de valor.
Devemos ser nós próprios (professores e alunos) a avaliar a informação que encontramos na Internet.
O professor será o encarregado de orientar a aquisição da informação e os modos de a adquirir. Para tal deverá ser feita uma tabela que permita tanto ao professor como ao aluno comparar, diferenciando, a validade didáctica das páginas. Estas tabelas deverão variar consoante o objectivo, no entanto deverão conter as seguintes questões:
Esta(s) página(s) oferece(m) bastante informação relacionada com a temática do site;
A informação encontra-se devidamente legendada e organizada e será facilmente compreendida pelos alunos;
O conteúdo das páginas hiperligadas é adequado aos alunos;
O conteúdo das páginas hiperligadas acrescenta mais valia para a consecução das metas previstas;
As fontes da informação estão claramente identificadas;
As fontes de informação são fiáveis;
O conteúdo está livre de preconceitos ou estes serão facilmente reconhecidos pelos alunos;
Esta página proporciona interactividade que aumenta o seu valor educativo.
Exemplo de tabela para avaliação de página Web http://www.percursos.net/becre/avaliarweb.htm
Avaliação de recursos didácticos
Recurso didáctico é todo tipo de material que o professor pode utilizar para preparar ou melhorar a sua aula.
Uma boa avaliação dos recursos didácticos requer profissionais competentes, experientes e comprometidos.
Actualmente a maioria dos recursos didácticos estão directamente relacionados com as TIC, por isso é indispensável que a formação inicial de cada docente tenha uma boa componente ligada às Novas Tecnologias assim como deverá existir uma formação permanente adequada e complementar.
Os recurso didácticos que as TIC oferecem são on-line e off line. Podemos referir como sendo on line a Internet que disponibiliza imensa informação muito útil às aulas, chats, fóruns, e-mails, blogs, e-elarning, e-books… em off line Cd-Room, com uma variedade enorme de conteúdos, jogos didácticos, enciclopédias, dicionários, livros, exercícios…
Avaliação de técnicas e programas multimédia
Devemos entender técnicas multimédia como software disponível para conseguir produtos multimédia (texto, imagem, vídeo e som). Essas técnicas consideram-se básicas quando usadas por todos ou quase todos os usuários dos computadores, e técnicas especializadas quando constituídas por software só usado por algumas pessoas. As técnicas básicas são usadas com software como; Paint, Word, etc e técnicas avançadas quando é usado o programa Paint shop Pró, Power Point, Macromedia Dreamweaver, Microsoft FrontPage, etc.
Também podemos usar uma ficha para avaliar as técnicas multimédia, dessa ficha poderão fazer parte; o nome do programa, o desenho e funcionalidade da interface, as ferramentas usadas, se tem toturiais, exemplos de produtos elaborados, suportes que admite…
Avaliação do uso das Novas Tecnologias na aprendizagem das Ciências Sociais
O uso das Novas tecnologias na aprendizagem conduzirão ao desenvolvimento de um conjunto de habilidades e destrezas, cuja finalidade é uma melhor aprendizagem não só em Ciências Sociais como em qualquer disciplina.
Durante muito tempo o ensino foi ligado ao objectivismo e focou a maior parte dos esforços em recomendar a memorização de informação e aplicar habilidades. Havia interesse relativamente pequeno em desenvolver procedimentos educacionais para relações de compreensão. Somente os avanços da teoria da aprendizagem cognitiva trocaram a ênfase para relações de compreensão e para habilidades genéricas de aplicação (como estratégias de aprendizagem e metacognição).
Não é o ensino o centro de interesse mas a aprendizagem. E aprender já não pode ser entendido como recepção mais ou menos passiva de informação mas como uma aquisição activa de conhecimento pelo estudante, elaborando e reestruturando seus modelos mentais e suas estruturas cognitivas.
Actualmente, os objectivos de aprendizagem são colocados mais frequentemente no domínio de conhecimento de procedimentos (saber como) e do conhecimento contextual (saber por que, quando e onde) do que no até agora enfatizado domínio de conhecimento declarativo (saber que). Isso significa que a ênfase mudou de conhecimento de factos para a aquisição de habilidades e estratégias cognitivas.
A psicologia cognitiva moderna, com a sua abordagem construtivista, recomenda aprendizagem interactiva individualizada. Assim, a interactividade é um factor prioritário que deve caracterizar os programas didácticos e o uso das ferramentas disponíveis na Internet.
Hoje, aprender é mais do que recuperar informação. Depende de interacções subtis no contexto de aprendizagem, da informação ou material de aprendizagem disponível, das ferramentas e das características individuais do estudante.
O hipertexto não é apropriado a este tipo de aluno, deixando-o bastante passivo. Por isso o uso de acentuadores de cognição pelos quais o estudante é estimulado a reorientar ou reformular materiais de apresentação existentes numa espécie de novo tipo de programa multimédia, farão dele o aluno pensante e com maior possibilidade de construir a sua própria aprendizagem, tanto para Ciências Sociais como para qualquer outra disciplina. Desta forma estará preparado para fazer face à sociedade do conhecimento rótulo que caracteriza a sociedade em que vivemos.
As estratégias didácticas nestas disciplinas têm por base a interacção entre professor e alunos entre alunos e o professor e entre alunos-alunos. Segundo a perspectiva construtivista a aprendizagem faz-se a partir da interacção entre emissor e receptor, também os métodos centrados na actividade do aluno adquiriram uma especial relevância e as TIC adquirem uma importância extraordinária porque ajudam o professor a conseguir mais facilmente atingir as estratégias didácticas interactivas, aumentando a eficiência do seu trabalho.
